Se você assistia televisão na década de 80, deve lembrar do desenho animado Os Jetsons, que mostrava a rotina de pessoas do século XXI e as supostas tecnologias disponíveis. O século chegou, revolucionou nosso modo de vida, mas ainda não podemos comparar as previsões do desenho animado com nosso dia a dia. Por enquanto.
Imagine a cena: você está no trabalho e lembra que vai oferecer um jantar para os seus amigos. Você não lembra o que tem na geladeira, o mercado é longe da sua casa e o tempo é curto. Se isso acontecesse hoje, provavelmente você compraria comida pronta, pediria uma tele-entrega ou ligaria para os seus amigos e atrasaria o jantar.
Já pensou como pode ser a resolução desse mesmo problema em 2 ou 3 anos? Se não, podemos repetir o exercício: imagine que você está no trabalho e não lembra o que tem na geladeira. Agora, imagine que você pega seu smartphone ou tablet e entra em um aplicativo que permite que você controle sua geladeira. Através desse aplicativo, você vê o que já tem, o que precisa comprar, passa no mercado e vai direto para casa. Chegando em casa, a geladeira identifica qual dos moradores está na cozinha. Ela escolhe uma playlist com músicas do seu gosto, ao mesmo tempo em que mostra a receita do prato que você quer fazer em uma tela que fica na porta. Acha impossível?
E se você lembrar que além das compras, também não varreu a casa antes de sair? Que tal pegar o smartphone, abrir o mesmo aplicativo que você usou para acessar a geladeira e programar seu aspirador de pó para limpar sua sala 10 minutos antes de você chegar? Parece ótimo, não é mesmo?
Isso tudo (e muito mais) será possível graças a Internet das Coisas. O termo é usado desde 1999, mas só nos últimos anos seu desenvolvimento tornou-se possível. Ele parece muito amplo e realmente é essa a ideia dos desenvolvedores: que qualquer objeto possa ser conectado a internet e controlado a partir de um mesmo aplicativo para otimizar a rotina dos usuários. Muita coisa ainda precisa ser ajustada, mas ao que tudo indica, é com esse nível de interação que viveremos num futuro muito próximo, já que a previsão é de que em 2020 aproximadamente 50 bilhões de objetos estejam conectados.
Apesar de permitir um nível de funcionalidade inédito, a popularização da Internet das Coisas ainda encontra algumas barreiras. Uma delas diz respeito a segurança, já que uma maior interação entre dispositivos pela internet abre uma gama maior para que hackers invadam o sistema e roubem os dados ou a senha do usuário, por exemplo. Nesse sentido, será importante prestar atenção redobrada nas atualizações dos programas de segurança para proteção dos equipamentos. Outro empecilho é o preço, que ainda é elevado, mas tende a diminuir com o aperfeiçoamento dos componentes. Por fim, ainda precisamos superar a barreira da tecnologia de transmissão de dados, que ainda deixa a desejar, mas já faz avanços significativos. E se você acha que será necessário padronizar todos os produtos para que eles funcionem perfeitamente, aí vai a boa notícia: algumas das maiores empresas do ramo já se uniram para criar um sistema de interconexão entre os dispositivos, softwares e aplicativos, gerando compatibilidade entre eles.
Hoje, contamos com relógios, carros, telefones, televisores e até sapatos inteligentes. E é melhor ir se preparando para um futuro com maior interação ainda entre pessoas e objetos. Se você ficou curioso e já quer ir se adaptando, pode dar uma olhada na nossa linha de smartphones e smart tvs.
