”Bah, guri, o Rio Grande do Sul é trilegal!”. Quem afirma isso não são apenas os gaúchos, mas todos os visitantes que descem até o estado mais meridional do Brasil. Ao contrário do que acontece em outros locais, o destino mais procurado não é a capital e, sim, o interior. A cidades da Serra são conectadas uma a outra por estradas em zigue-zague, ladeadas de hortênsias e parreirais. Por esse charme especial, o Blog Colombo te leva a esse lugar incrível e inesquecível.
Gramado
O tour começa em Gramado, a cidade mais turística da região. É nessa charmosa cidade de arquitetura alemã que estão alguns dos melhores hotéis do estado, além um dos maiores festivais de cinema do país e a sede do evento Natal Luz, a partir da aldeia do Papai Noel. A grande novidade por lá é o parque de neve indoor Snowland, aberto em outubro do ano passado em uma área de 16 mil quadrados, com direito a pista de esqui e de snowboard. Para 2014, o núcleo ainda promete inaugurar uma queda de neve constante em torno da já célebre montanha nevada, que poderá ser explorada em motoneves importadas do Canadá.
Outra atração que encanta os turistas em Gramado é o Mini Mundo, um parque com mais de 150 réplicas de famosos pontos turísticos, em tamanho 24 vezes menor que o original , destaque para os castelos de Falkeneck e Branzoll, na Alemanha, e para a Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG). Para os românticos, o destino final é o pedalinho no Lago Negro, cercado por pinheiros trazidos da Floresta Negra, na Alemanha.
O Centro enxuto de Gramado é ideal para se passear a pé, em busca de um dos restaurantes especializados em galeto, além das chocolaterias e casas de fondue, La Famille de Gazon e Le Chalet de La Foundue, ambas na Avenida das Hortênsias, estão entre as mais tradicionais da cidade. O ponto mais disputado é, sem dúvida, a Rua Coberta, trecho de apenas cem metros de extensão, sob um telhado transparente, entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua Garibaldi.
Cascatas e Vales
Distante 15 quilômetros de Gramado, a vizinha Canela é mais pacata, mas não menos interessante. Na entrada da cidade, o Parque-Museu Mundo a Vapor recepciona os visitantes com a cena de um trem descarrilhado, reproduzindo um acidente real na Estação de Montparnasse, em Paris, no século 19. Didático, o espaço se dedica aos bastidores de empresas siderúrgicas, fábricas de papel, usinas e ferrarias. Não há muito o que se ver pelo centrinho da cidade, à exceção da icônica Catedral de Pedra, torre gótica de 65 metros e carrilhão com 12 sinos.
Mas o verdadeiro cartão-postal de Canela está nos arredores: a Cascata do Caracol, com um véu de 131 metros. Ela é é acessível por uma escadaria de 750 degraus a partir do Parque do Caracol, que recria antigas vilas de imigrantes. Quem gosta de adrenalina não pode perder o Alpen Park, núcleo de aventuras que inclui passeios de trenó, tirolesa, rapel e arvorismo sob os pinheiros.
Terra da uva
Rodeadas por parreiras, Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa ficam a duas horas de Gramado e Canela, a dupla mais visitada da Serra Gaúcha. Essa é só uma das razões pelas quais vale a pena investir em uma viagem mais longa do que um bate-volta. Os outros motivos são as mais de 30 vinícolas que compõem o Vale dos Vinhedos, a exemplo da Casa Valduga, em Bento Gonçalves, e da Chandon, em Garibaldi. Aliás, a filial da grife francesa mantém método de produção próprio e exclusivo. A tradição dessa região em bebidas começa por conta da imigração italiana, quase no fim do século 19, com a produção de vinhos de mesa.
Somente nas últimas duas décadas os produtores descobriram o potencial da acidez do solo e do clima ameno. Então, eles passaram a investir nos vinhos finos, que se tornaram referência internacional. Os espumantes brasileiros, feitos com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, só perdem no ranking para os franceses, caso das prestigiadas vinícolas Adolfo Lona e Peterlongo, de Garibaldi. Um tour pela maioria das vinícolas pode ser feito diariamente, mas é bom agendar com antecedência. Em geral, o passeio inclui visita aos parreirais e às caves, para acompanhar o processo de elaboração, além de degustação acompanhada por enólogos. Para ir de uma cidade a outra, a opção turística é o trem maria-fumaça, partindo de Bento Gonçalves.
Nos vagões, apresentações do folclore italiano, comidas típicas e vinho, muito vinho.
Charme urbano
Muito lembrada por sua importância econômica, Caxias do Sul, a cerca de 40 minutos de carro do Vale dos Vinhedos, também soube resguardar os encantos de cidade do interior. Entre as atrações, a Igreja de São Pelegrino traz pinturas da Via Sacra feitas pelo artista italiano Aldo Locatelli, que também assina uma cópia da Pietà, famosa escultura de Michelangelo. Destaque ainda para as casas típicas da colonização italiana e para o Château Lacave, réplica de um castelo medieval, onde são produzidos vinhos. Quase colada a Caxias do Sul, Farroupilha é a cidade-sede da Lojas Colombo.
Foi ali que, em 1959, os primos Adelino Raymundo Colombo e Dionysio Balthasar Maggioni fundaram a primeira loja. Inicialmente com foco nos televisores, a coqueluche da época, e depois expandindo o mix de produtos. A cidade também é conhecida como polo de calçados e malhas. Também reúne cachoeiras como a de Salto Ventoso e locais históricos como a Casa de Pedra, uma construção de 1896. Por fim, vale rumar para Nova Petrópolis e encarar o Labirinto Verde, construído com arbustos de dois metros. Para finalizar, um passeio tranquilo pela Aldeia do Imigrante, reconstituição de uma colônia alemã do século 19, com as típicas casas em estilo enxaimel.
Se Gramado é a terra do fondue, Nova Petrópolis é o lar dos cafés coloniais. Esses locais são verdadeiros banquetes com pães, tortas, frios, chás, geleias e a tradicional cuca de maçã. Alguns também servem galetos, vinho e suco de uva, o que foge um pouco do modelo original, detalhe que, definitivamente, passa despercebido entre os turistas.
Lojas Colombo e o Sul do País
Aberta há 55 anos, a Lojas Colombo tem uma relação íntima com a Serra Gaúcha. Além de manter até hoje sua sede em Farroupilha, a primeira expansão da rede foi para uma cidade dos arredores: Caxias do Sul, em 1965. Hoje, o grupo possui 264 lojas espalhadas por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além das vendas virtuais. Quer viajar pela Serra Gaúcha? Visite nosso site e veja as diversas opções de câmeras superior a 12 MP.