Muitas pessoas melhoraram sua qualidade de vida com a meditação e atualmente existem até aplicativos que prometem facilitar a execução da técnica, mas permanecer na mesma posição e em silêncio por alguns minutos pode ser complicado para muita gente. Você sabia que existem outras técnicas de meditação que podem ser feitas em movimento? Uma delas que está ficando cada vez mais popular no país é a Dança Circular Sagrada. Vem pra roda conhecer essa prática!
A Dança Circular Sagrada (DCS) nasceu em 1976, na Comunidade de Findhorn, no norte da Escócia. Foi concebida com este nome pelo bailarino, coreógrafo, professor de dança e artista plástico alemão Bernhard Wosien e sua filha Maria-Gabriele quando ensinaram, pela primeira vez, uma coletânea de danças folclóricas para os residentes da comunidade.
Em 1984, o método chegou ao Brasil e foi se popularizando cada vez mais. A DCS é uma prática cheia de simbologia e representa diferentes culturas do mundo. É feita em grupo e os participantes dançam a maior parte das músicas em círculo (como uma ciranda), de mãos dadas e trocando olhares. Algumas coreografias são feitas em meia lua ou em linha, outras são feitas com as mãos soltas.
A roda é orientada por uma focalizadora, que é quem direciona a atenção do grupo e passa as coreografias. No meio do círculo sempre há um centro, feito com panos, velas, pedras, flores, o que estiver à disposição. Quando feita em parques ou espaços abertos, é comum que seja ocupado por uma árvore ou por uma fogueira. O centro é muito importante porque é a referência do espaço ocupado pelos dançantes, que também podem olhar para ele quando necessitam de maior concentração.
Para quem não conhece a prática, pode parecer que se trata apenas de danças exóticas feitas em roda, mas ela é na verdade, uma técnica que abrange todas as inteligências (espacial, musical, intrapessoal, interpessoal, lógico-matemática, naturalista, corporal cinestésica, linguística e existencial), desenvolve a coordenação motora, a memória e tem como foco principal a vivência na cooperação, ao mesmo tempo em que promove sentimentos de empatia, compaixão e amor fraternal.
As danças funcionam como terapia, pois através delas reconecta-se corpo, mente e emoções. Isso aguça as percepções, ao mesmo tempo em que estimula a atenção plena, ativa a memória, trabalha o medo de errar e altera a relação com o outro, gerando um sentimento de pertença, curando sentimentos de solidão e transformando o círculo em padrão mental.
A DCS acolhe a diversidade e pode ser praticada por qualquer pessoa, sem restrições. Ao mesmo tempo em que melhora o condicionamento físico, propicia a evolução individual no contexto de comunidade, ensina cidadania, responsabilidade pelos próprios passos e respeito às diferenças, promovendo a Cultura da Paz.